sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dogville (2003).

Um filme não-convencional capaz de confundir sociólogos e psicólogos por transparecer complexidade


Conhecido por dirigir filmes com teores críticos e subjetivos, Lars von trier caprichou no roteiro de Dogville (2003). Um filme capaz de manter nossas mentes ocupadas em cada capítulo.

Na tentativa de recuperar o cinema realista do meio comercial, Von Trier foi um dos primeiros cineastas a seguir o manifesto dinamarquês chamado "Dogma 95", também conhecido como "voto de castidade", do qual apresenta uma série de restrições quanto ao uso de técnicas e tecnologias nos filmes, para que o cinema não perdesse a essência alternativa.

O longa tem como protagonista Grace (Nicole Kidman) uma jovem procurada por perigosos gângsteres que encontra refúgio em Dogville. Encantado pela moça, Tom (Paul Bettany) o porta voz da cidade, resolve fazer com que os moradores tenham confiança em Grace, em troca faria pequenos serviços para eles, que aceita de imediato. Com o passar dos dias, os adoráveis habitantes da cidade descobrem que ela está sendo procurada por policiais e decidem de uma maneira ríspida aumentar a carga de trabalho da moça impedindo-a de abandonar o lugar.

De uma hora pra outra, Grace é usada pelos habitantes, tanto nos trabalhos domésticos quanto nos sexuais, quando os homens usam seu corpo em prol de seu próprio prazer (interesse). Esses acontecimentos são passados de uma forma natural para que os espectadores identificassem sua personalidade apartir do comportamento dos personagens.

O diretor faz uma crítica pessimista à humanidade, uma vez que o filme se passa durante a Grande Recessão Americana na década de 1930 do qual explica o individualismo no comportamento humano e uma sociedade hipócrita que vive na base da ilusão. É composto por um prólogo que traça o perfil dos personagens, dividindo a história em 9 capítulos.

Dogville é o primeiro de uma trilogia focada nos Estados Unidos e trouxe à Lars Von Trier o prêmio Fita de Prata como Melhor Diretor de Filme Estrangeiro. O segundo filme, chama-se Manderlay - sobre a escravidão no sul dos Estados Unidos - e o terceiro Wasington.

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