domingo, 3 de julho de 2011

Nos embalos da meia-noite...



Encanto é palavra chave nos filmes produzidos e dirigidos pelo tão glorioso Woody Allen. Humor equilibrado com críticas aos mais clichês sentimentos humanos incrementam mais ainda a trama desenvolvida pelo cineasta americano. É com esses ingredientes e muitos outros que nasceu o mais novo longa de sucesso "Meia noite em paris".

O cenário é na capital da França Belle Époque , é lá que o escritor Gil Pender (Owen Wilson)e sua noiva tiram uns dias para conhecer a maravilhosa atmosfera clássica da europa. Essa era a condição para que Gil conseguisse ganhar inspiração para continuar sua obra literária.

Descontente com o ano em que nasceu, Gil Pender passa o filme se queixando que nasceu na época errada. É aí que W.A aproveita para fazer uma das mais belas críticas ao comportamento humano: as pessoas nunca estão contentes com nada.

Pois é nos embalos da meia-noite que o filme traça o objetivo esperado: transportar o escritor para o cenário dos anos 20 (como ele tanto esperava). É lá que Gil se depara com personagens que marcaram a história artística e literária do momento que liga desde as obras do famoso escritor francês Ernest Hemingway, conhecido por pertencer a chamada 'geração perdida' da França até as obras fantasiosas do clássico pintor surrealista, Salvador Dali.

O roteiro é preso em um cenário de magia e ficção. Todo mundo sabe (menos o Spielberg) que é impossível voltarmos no tempo, mas aí fica a reflexão: será que o filme não seria nada mais do que uma adaptação do próprio livro que Gil tanto escondia?