quinta-feira, 17 de março de 2011

TOC: mania até que ponto?


De acordo com pesquisa, mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem com o transtorno

“Cada louco com a sua mania", simplifica o dito popular. Não dormir com a porta do armário aberta, arrumar objetos por ordem alfabética, lavar as mãos a todo instante ,ou jamais entrar em algum local com o pé esquerdo. Essas são algumas das ‘manias’ que, aparentemente inofensivas, podem ser um sinal do transtorno obsessivo compulsivo quando praticadas de maneira constante.

O Transtorno Obsessivo Compulsivo, popularmente conhecido como TOC, já é o quarto transtorno psíquico mais frequente, seguido de dependências químicas, depressão e fobias. De acordo com pesquisas desenvolvidas por médicos nos EUA, tais comportamentos atingem mais de 100 milhões de pessoas.

Segundo especialistas, as compulsões costumam funcionar como forma de aliviar a ansiedade e o desconforto causados pelas obsessões, ou seja, pelos pensamentos constantes e repetitivos, idéias ou impulsos indesejáveis sentidos pelos que sofrem de TOC.

Para o psicólogo Claudecy de Souza, este transtorno, muitas vezes é encarado como algo doentio, mas é bom lembrar que é apenas uma obsessão e que pode ser diagnosticada. “O tratamento deste distúrbio envolve medicamento e psicoterapia, mas as pesquisas mostram que a terapia é a que apresenta melhores resultados neste tipo de tratamento”, explica.

Para amenizar a angústia causada pelas compulsões numéricas (rituais repetitivos que envolvem números), o estudante Devison Ra​mos tenta deter as ‘simples manias’. “Tento me conscientizar que tudo isso não é real, e que nada de ruim irá me acontecer se eu não praticar os rituais. Às vezes da certo, outras vezes não” conta.

Envergonhadas, muitas pessoas procuram ajuda pela internet e acabam encontrando ajuda em portais como o da Associação Brasileira de Síndrome de Tourette, Tiques, que presta serviços de orientação, referência e acolhimento através de emails, e também dá apoio via outros canais, como telefone e cartas. Em média, a entidade recebe cerca de 270 emails por mês e mais de 40 telefonemas por semana.

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